À medida que as crianças crescem e se desenvolvem é comum imaginarem um companheiro especial conhecido como amigo imaginário.
Esta figura inventada é muitas vezes vista com curiosidade e até preocupação pelos adultos. Será que ter um amigo imaginário é realmente saudável para as crianças?
Neste artigo, vamos explorar os elementos psicológicos, emocionais e sociais deste conceito. Vamos desmistificá-lo e destacar como estas criações fictícias podem influenciar positivamente o crescimento infantil.
Continue a leitura e abra as portas da imaginação para saber mais sobre este tema.
Amigo imaginário: Tudo sobre esta manifestação de criatividade na infância
A infância é uma fase de exploração, aprendizagem e criatividade. Uma das suas manifestações mais encantadoras é a produção de um amigo imaginário.
Essencialmente, este é um companheiro invisível para nós, meros adultos, que acompanha a criança nas suas aventuras diárias.
Alguns pais preocupam-se com esta prática. No entanto, ter um amigo fictício é completamente saudável e faz parte do desenvolvimento infantil.
Vejamos de seguida os benefícios, considerações e noções sobre crianças que têm companheiros imaginários.
1 – Compreender o amigo imaginário
Se há uma coisa certa no mundo, é que não existe limite para a imaginação infantil. Assim, o amigo imaginário pode variar amplamente na sua forma e personalidade: tudo é possível, de figuras humanas a animais ou criaturas fantásticas.
Aparece, normalmente, por volta dos dois ou três anos, quando as crianças começam a desenvolver a fala e a socialização. Se este companheiro chegar a sua casa, poderá contar com ele até mais ou menos o início da escola primária.
Mas não se preocupe. Estas criações permitem que as crianças expressem os seus pensamentos, sentimentos e que compreendam melhor o mundo que os rodeia.
2 – Benefícios emocionais e sociais
Ter um amigo fictício acarreta uma série de benefícios emocionais e sociais para as crianças: serve como forma de expressão e ajuda-as a desenvolver competências de empatia e compreensão.
Ao interagir com o seu amigo fictício, pratica diálogos, negociações e aprende a resolver conflitos, preparando-a para interações sociais reais.
3 – Estímulo à criatividade e resolução de problemas
Crianças com companheiros imaginários, demonstram muitas vezes níveis mais elevados de criatividade: elaboram histórias complexas e ricas, além de cenários nos quais resolvem problemas e enfrentam desafios.
Esta capacidade de pensar fora da caixa e encontrar soluções é uma competência valiosa que será útil ao longo da vida.
4 – Lidar com emoções e experiências
Para muitas crianças, o amigo imaginário é um mecanismo que as ajuda a lidar com emoções, medos e experiências stressantes.
Com este companheiro, as crianças podem processar sentimentos e situações que ainda não compreendem totalmente. Assim, ficam com uma sensação de controlo, que lhes dá mais segurança.
5 – Quando é que os pais se devem preocupar
Embora esta prática seja, geralmente, uma parte saudável do desenvolvimento infantil, existem situações que podem ser um sinal de alerta.
Esteja atenta a situações em que a criança:
- Parece excessivamente dependente do amigo;
- O usa para se isolar;
- Apresenta comportamentos perturbadores ou violentos relacionados com esta figura.
Nestes momentos, pode ser a altura de procurar a orientação de um profissional. No entanto, é importante referir que estes casos são a exceção e não a regra.
6 – Encorajar um desenvolvimento saudável
Os pais e cuidadores podem desempenhar um papel positivo na relação da criança com o seu companheiro imaginário. Em vez de a desencorajar, podem participar no jogo e conversar sobre o amigo. Assim, proporcionam um espaço seguro para a criança expressar as suas ideias e sentimentos.
É importante validar a experiência da criança, encorajando também a interação com o mundo e com os amigos reais.
Resumindo, ter um amigo imaginário é um fenómeno saudável e comum que pode enriquecer a infância: este companheiro traz consigo benefícios emocionais, sociais e cognitivos, ajudando as crianças a caminhar pelo mundo em seu redor. Como pais e cuidadores, compreender e apoiar esta fase pode aliviar preocupações, promover um desenvolvimento saudável e uma infância feliz e criativa.